domingo, 15 de maio de 2011

Carolina IV - Desolação e Esperança

=>LEIA A MENSAGEM DA PRIMEIRA GARRAFA AQUI! <=


Há dois dias lancei ao mar uma garrafa descrevendo a difícil situação em que nós, tripulantes da Carolina IV, estávamos: à mercê das vontades de deus e do destino.
E ao que parece, jogam conosco – seria uma aposta? -, pois após a garrafa ser atirada ao mar, uma súbita tempestade nos atingiu. Ondas gigantescas nos tentavam engolir. O capitão Malaquias, juntamente com mais onze de nossos tripulantes que tentavam algum meio de amenizar os danos e, ao menos, tentar recuperar os controles do leme, foram varridos do convés e devorados pelos mares temperamentais. Que deus tenha pena de suas almas! – e das nossas, também…
A situação, que já era caótica, piorou: as águas pilharam nossa embarcação, levando lunetas, bússolas, cartas náuticas, e vários outros de nossos instrumentos de navegação, deixando-nos mais desolados do que antes.
O único consolo que podemos tirar desse novo terror é que nossas provisões durarão um pouco mais… Temos mais meia semana de vida ao custo da de nossos companheiros.
Talvez tivesse sido melhor ser devorado pelas ág…
Chamam-me no convés. Parecem animados! Irei averiguar.


Parece que os ventos da sorte começam a soprar em nosso favor: no horizonte, o sol nascente nos mostra as sombras do que parece ser uma ilha. E as águas nos carregam para lá! Dentro de algumas horas chegaremos! Não vejo a hora de poder botar os pés em terra firme!
Agora tenho que preparar algumas coisas para o desembarque. Creio que a próxima mensagem que mandarei será em terra!
Uma luz de esperança raia em nossos corações, juntamente com o sol.


Miguel Augusto, tripulante da Carolina IV
12 de maio de 1500


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